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Mostrando postagens de julho, 2016

OCUPAÇÃO DA ARAUPEL: TERRA PARA PRODUZIR COMIDA

No último dia 17 de julho, cerca de 3.000 famílias de camponeses sem-terra organizados no MST, ocuparam o latifúndio Araupel. Trata-se de um latifúndio com mais de 30 mil ha que abrange 4 municípios: Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu e Nova Laranjeiras do Sul.  90% destes camponeses são filhos de assentados e enfrentam problemas comum ao campesinato brasileiro: a insuficiência de terras para a manutenção familiar. Como assegura a constituição brasileira, a terra deve cumprir sua função social e, sobretudo, ser destinada a produção de alimentos. Diante de inúmeros ataques aos camponeses, realizados por diversos atores atrelados ao poder do latifúndio, que atuam na tentativa de opor sociedade em geral e camponeses, o GEOLUTAS, acreditando na importância da luta camponesa e somando-se a esta, reproduz abaixo um vídeo elaborado pelos camponeses acampados, o qual apresenta um pouco da situação enfrentada pelos mesmos.   Postado originalmente em:

DENÚNCIA DE CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

 Diante da criminalização da luta camponesa nos municípios de Quedas do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu, inclusive com pronunciamento do Senador Álvaro Dias na tribuna do Senado Federal em defesa do latifúndio Araupel, o GEOLUTAS reproduz carta elaborada pela coordenação regional do MST com a intenção de esclarecer os fatos ocorridos e somar esforços na conquista e construção do território camponês. DENÚNCIA DE CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS A perseguição aos movimentos sociais na tentativa de enquadrá-los como criminosos, Istoé, criminalizá-los, é prática recorrente e cada vez mais sofisticada utilizada por grupos que se sentem ameaçados por manifestações das organizações sociais e historicamente esses grupos agem em conluio com a parte conservadora do Estado, deslocando para a política criminal e de segurança pública as ações dos movimentos que exigem apenas política social, e para isso, encontram guarida no judiciário, legislativo e na mídi

NOS 50 ANOS DO GOLPE, COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE (CNV) OUVE GUARANIS VITIMADOS PELA DITADURA NO PARANÁ

Além de ter negado presença indígena, colonização agrícola e Itaipu 'aumentaram pressão fundiária' sobre oeste paranaense e contribuíram para esfacelamento de aldeias. "Mesmo sendo tarde, tudo isso tem que ser conhecido. Ninguém sabe o que passamos aqui", conclui Casemiro Pereira, 54 anos, pouco antes de se despedir da psicanalista Maria Rita Kehl com um aperto de mãos e a promessa de que sua história será contada ao país. A integrante da Comissão Nacional da Verdade (CNV) ouviu seu relato nessa segunda-feira numa abafada sala de paredes brancas da escola Teko Nemoingo, município de São Miguel do Iguaçu. A reportagem é de Tadeu Breda e publicada por Rede Brasil Atual – RBA.    Cercada de lavouras de milho por todos os lados, a aldeia Ocoy, às margens do lago de Itaipu, foi a quarta terra indígena visitada por Maria Rita durante o périplo da CNV pelos territórios guarani do oeste do Paraná. O pequeno gabinete escolar, enfeitado com

Congresso Centenário da Guerra do Contestado

Será realizado no período de 4 a 7 de outubro deste ano, no Campus Universitário, o Congresso Brasileiro do Centenário da Guerra do Contestado - CBCGC: reconhecimento do crime de genocídio, direito à vida e à existência futura. Os interessados poderão fazer a inscrição no endereço  Congresso Contestado . O Congresso será no Anfiteatro do CESA. A realização do Congresso vai coincidir com o Centenário da Acordo de Limites entre Paraná e Santa Catarina, estabelecido, em 20 de outubro de 1916. Os coordenadores do Congresso são o professor Nilson Cesar Fraga e a professora Eliane Tomiasi Paulino, ambos do Departamento de Geociências, do Centro de Ciência Exatas (CCE). Apoio - O evento conta com apoio do CCE, CESA, CCH, Casa do Pioneiro, Departamento de Geociências, Pró-reitoria de Extensão (PROEX), Observatório do Centenário da Guerra do Contestado, Laboratório de Geografia, Território, Meio Ambiente e Conflito (Geotmac), Programa de Pós-graduação em Geografia e Serviço Social, F

Educadores participam de curso sobre a educação do campo

No dia 30 de agosto, aproximadamente 130 educadores que atuam nas escolas que ofertam a Educação do Campo, no Núcleo Regional da Educação de Apucarana, participaram do curso proferido pela Professora PhD Eliane Tomasi Paulino. A formação continuada realizada em parceria com o Sistema Fecomércio SESC, teve como objetivo fornecer instrumentos teórico-empíricos inerentes ao cotidiano do educando que vive no campo, para que os professores, agentes educacionais, pedagogos e diretores saibam como tratar as problemáticas agrárias, evitando assim a estigmatização dos sujeitos que ali vivem. Como ressaltou a Chefe do NRE de Apucarana, Maria Onide Ballan Sardinha, “a Educação do Campo é uma política pública do Estado do Paraná, expressão da política nacional de resgate histórico-social quanto à obrigatoriedade de acesso à Educação”. Complementa, “dessa forma, fundamentar e capacitar os educadores dentro do contexto específico, faz-se necessário para a melhoria da qualidade do

Chamamento de La Paz - Bolívia aos povos da América Latina, aos governos Latino-Americanos

As comunidades, que mesmo sob dura opressão, tem mostrado condições de assombrosa resistência e persistência (...), representam um fator natural de socialização da terra. O índio tem arraigados hábitos de cooperação. Mesmo quando a propriedade comunitária se converte em propriedade individual a cooperação se mantém; os trabalhos pesados se fazem em comum. Mariátegui, Ideología y política No marco de um debate iniciado pelo Forum Mundial de Alternativas (FMA) a respeito do destino das agriculturas e das populações do campo na Ásia, América Latina e África, debate cujo primeiro episódio teve lugar em Pequim, China, em outubro de 2010 e o segundo em La Paz, Bolívia, nos dias 22 a 24 de outubro de 2013, os participantes: representantes de organizações sociais e produtivas, membros de organismos civis, acadêmicos, funcionários públicos e legisladores, formulamos o seguinte chamamento aos povos e governos do nosso Continente. A América Latina, o Caribe e o mundo enfrentam um desaf

O Censo Agropecuário 2015 e o risco das simplificações

Em dezembro último, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tornou público um documento produzido no 10 Fórum de Usuários de Dados, com vistas a elaboração dos questionários a serem aplicados por ocasião do Censo Agropecuário 2015, o qual pode ser obtido no sítio: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/forum_questionario_censoagro2015/Censo_Agropecuario_2015.pdf), no qual propõe-se uma série de mudanças que merecem uma discussão mais ampla. Aqui nos ocuparemos de questionar uma delas em particular, o tratamento diferenciado a ser adotado para estabelecimentos com menos de 5 hectares, que resultará na eliminação da discriminação de variáveis econômicas que não se manifestam senão por meio de densidades monetárias. Embora tenha sido apresentado como proposta suscetível de comentários até 30 de janeiro desse ano, ao que respondemos segundo prazos e meios definidos pelo próprio IBGE, a prudência pede a publicização de algumas inquietações, pois se levada