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Mostrando postagens de agosto, 2017

COMUNIDADE INDÍGENA DO PARANÁ CRIA SISTEMA 100% LIVRE DE TRANSGÊNICOS E AGROTÓXICOS

Produção agroecológica é símbolo de resistência em Terra Indígena Julio Carignano  |  Brasil de Fato | Tomazina (PR) , 29 de Agosto de 2017 às 10:12 Desde 2011 é realizada na Terra Indígena a Feira de Sementes Crioulas e Mudas Nativas de Pinhalzinho / Julio Carignano Situada no município de Tomazina, no Norte Pioneiro do Paraná, a Terra Indígena Pinhalzinho – comunidade onde vivem cerca de 160 indígenas Guarani - se consolida em um espaço de resistência na região que abriga a maior quantidade de latifúndios do Estado e caracterizado pela monocultura, pela produção mecanizada e pelos altos índices do consumo de agrotóxicos. Com o objeto de recuperar a floresta degradada e o sistema tradicional de produção baseado na ancestralidade, a comunidade Guarani Ñandeva, que habita o território de aproximadamente 600 hectares, criou um sistema agroecológico focado na sustentabilidade e na produção 100% livre de transgênicos e agrotóxicos. Desde 2011 é realizada na Terra Ind

FRENTE PARLAMENTAR PROPÕE CALENDÁRIO DE AÇÕES EM DEFESA DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS

Carolina Goetten  |  B rasil de Fato | Curitiba (PR)  17 de Agosto de 2017 às 16:54 Uma programação voltada a defender as populações atingidas por barragens foi proposta, dia 15 de agosto, na Assembleia Legislativa do Paraná, pela Frente Parlamentar que acompanha esses casos. As atividades têm o objetivo de propor políticas públicas para garantir os direitos das populações atingidas, além de planos de desenvolvimento para as regiões impactadas e ameaçadas.  O calendário prevê audiências públicas nos municípios de Capanema (em 31 de agosto) e Laranjeiras do Sul (14 de setembro), um dos principais locais de conflito por terra. Em outubro e novembro ficaram indicadas audiências na região noroeste do estado e no vale do Ribeira, respectivamente. A Frente foi criada em junho, é integrada por 16 parlamentares e coordenada pelo deputado Tadeu Veneri (PT). “Migalhas”  O Paraná é o segundo principal estado gerador de energia elétrica do país, atrás apenas de São Paulo. Abriga dezenas d

RELATÓRIO SOBRE VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS CONTRA OS AVÁ GUARANI DO OESTE DO PARANÁ

RELATÓRIO SOBRE VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS CONTRA OS AVÁ GUARANI DO OESTE DO PARANÁ

Relatório denuncia violações de direitos humanos aos Guarani do Oeste do Paraná

Objetivo de caciques e lideranças é que o documento chegue ao conhecimento de organizações internacionais Júlio Carignano  |  Brasil de Fato | Guaíra (PR) , 11 de Agosto de 2017 às 10:20 “Você tem que ir agora, senão quiser morrer aqui mesmo. Fiquei assustado, mas tive coragem e falei: se você quiser fazer alguma coisa, matar alguém do nosso povo, pode matar. Se tem coragem me mata agora. Mas ele não me matou. Deu cinco tiros pra cima e foi embora. Eram mais de cinquenta. Muitos, muita gente”. Esse é um dos relatos sobre a realidade de povos indígenas que vivem às margens do Rio Paraná, no Oeste do estado, reunidos no relatório “Guaíra & Terra Roxa sobre violações de direitos humanos contra os Avá Guarani”. O estudo foi lançado no município de Guaíra, nesta quarta-feira (9), Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data contou com  várias mobilizações pelo país contra a tese do marco temporal  e  os retrocessos impostos aos direitos dos povos originários pelo g

JUSTIÇA FEDERAL DECLARA NULOS OS TÍTULOS DE IMÓVEL DA MADEIREIRA ARAUPEL

Ilegalidade dá área é denunciada há mais de 20 anos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra    Franciele Petry Schramm Brasil de Fato | Curitiba (PR), 02 de Agosto de 2017 às 13:46   Como forma de denunciar ilegalidade da área, cerca de 1.500 famílias organizadas no Acampamento Dom Tomás Balduíno ocuparam o imóvel / José Cícero da Silva/Agência Pública O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) declarou, nesta terça-feira (1), que os títulos de propriedade da Fazenda Rio das Cobras, da madeireira Araupel, são nulos. A decisão foi tomada por quatro votos a um, em Porto Alegre, e responde a uma demanda histórica dos movimentos sociais na região Centro Sul do Paraná. A determinação é resultado de uma ação judicial movida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em 2014. Há dez anos, o Instituto contestava a validade dos títulos do imóvel localizado entre os municípios de Rio Bonito do Iguaçu e Quedas do Iguaçu. A de

O que há por trás da energia que consumimos? Relato da visita a uma comunidade atingida pela construção da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu

Foto: bandeira do MAB na comunidade visitada, símbolo da resistência das famílias contra a UHE Baixo Iguaçu. Imagine alguém chegar à sua casa e te avisar que você vai ter que se mudar, pois uma usina hidrelétrica esta sendo construída, e sua casa vai ser alagada, e também as casas dos seus vizinhos e de toda a sua comunidade. Junto a esta notícia, você não recebe nenhuma garantia de que vai conseguir ter outro lugar para morar, plantar, trabalhar ou de que você possa continuar convivendo com as pessoas que você conhece há muito tempo. Parece absurdo? Mas foram relatos deste tipo que estudantes de Geografia da UFPR puderam ouvir durante o trabalho de campo da disciplina de geografia rural, entre os dias 23 a 25 de junho de 2017 nas regiões sudoeste e centro-sul do Estado do Paraná. No dia 23 de junho, desde as primeiras horas da manhã foi realizada a primeira visita do trabalho de campo nas comunidades de Hortelã, São João e Malvari na divisa dos municípios de Capitão Leônidas Ma

NOSSA HISTÓRIA NÃO COMEÇA EM 1988. #MarcoTemporalNão

O STF não pode legitimar o genocídio e as violações cometidas contra os povos indígenas no último século. Participe desta luta e diga você também: #MarcoTemporalNão. A história dos povos indígenas não começou em 1988 e não pode ser interrompida!   No dia 16 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará três ações que podem ser decisivas para os povos indígenas no Brasil. As decisões dos ministros sobre o Parque Indígena do Xingu (MT), a Terra Indígena Ventarra (RS) e terras indígenas dos povos Nambikwara e Pareci poderão gerar consequências para as demarcações em todo o país. Por isso, os indígenas reforçam, a partir de hoje, uma série de mobilizações por seus direitos. Uma das principais bandeiras dos grupos interessados em limitar os direitos territoriais indígenas, com forte representação no Congresso Nacional e no governo federal, tem sido o chamado “marco temporal” - uma tese político-jurídica inconstitucional, segundo a qual os povos indíge