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Policia militar tenta realizar despejo em acampamento do MST no Paraná

Com truculência, a polícia feriu três e destruiu com um trator as roças das famílias.


Na manhã desta terça-feira (7), viaturas da polícia militar tentaram realizar um despejo no acampamento Herdeiros da Luta de Porecatu, região Norte do estado do Paraná, quando os trabalhadores estavam na colheita da produção do acampamento.

Segundo informações dos próprios acampados, a polícia chegou, sem conversa, acompanhada por dois tratores, expulsando os camponeses que se encontravam na roça. Com as máquinas, eles começaram a destruir a plantação dos acampados, sem negociação e diálogo.

As famílias, assustadas com o que estava acontecendo, se organizaram e foram para a área de plantação do acampamento, impedir a destruição da produção, onde foram recebidos de forma brutal pelos policiais da tropa de choque que ali se encontravam.

No momento encontram-se três trabalhadores feridos por estilhaços de bala e 20 trabalhadores que foram presos quando estavam indo para a roça. Encontram-se detidos na delegacia do município de Florestópolis.

As 400 famílias Sem Terra acampadas desde novembro de 2008 na antiga Fazenda Variant esperam há quase dez anos serem assentadas com objetivo de produzir alimentos saudáveis e terem terra para trabalhar. Desde então, produzem e tiram seu sustento do cultivo de plantações efetuadas nesse período.

A coordenação do MST no Paraná reforça que os casos de Reforma Agrária devem ser resolvidos em forma de diálogo e não por violência, como tem agido o aparato da Policia Militar no Paraná. Exige, portanto, o assentamento das 10 mil famílias acampadas em todo o estado.

Confira o vídeo denúncia produzido pelo Setor de Comunicação do MST no PR:


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Um esforço coletivo do Observatório da Questão Agrária no Paraná junto a movimentos sociais e povos e comunidades que mostram a diversidade das relações, práticas e dos conflitos pela terra e território paranaenses.   Convidamos a todxs a se apropriar dessa leitura ampla e crítica sobre o campo no estado e esperamos que o Atlas seja objeto de leitura e divulgação, de uso como material didático e de formação, e acima de tudo que possa contribuir ao debate sobre o Paraná que temos e o que queremos.   Logo abaixo você pode clicar na imagem e Baixar o documento para ter acesso ao Atlas e desfrutar da leitura:  

NOTA DE REPÚDIO

A Rede de Pesquisadores sobre a Questão Agrária no Paraná, integrada por pesquisadores de oito universidades públicas do estado, vem a público manifestar preocupação em face do cerceamento do exercício profissional da Geógrafa e pesquisadora Márcia Yukari Mizusaki, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) por meio de ameaças motivadas pelo trabalho realizado junto às comunidades indígenas   do Município de Dourados, no Mato Grosso do Sul. À preocupação com esse que poderia ser um ato isolado, perpetrado por indivíduos que sentem-se à vontade para atentar contra os Direitos Constitucionais da servidora e dos indígenas, soma-se o repúdio à semelhante conduta do Jornal Diário MS, veículo de imprensa investido da tarefa pública de informação graças à concessão de que desfruta. A materia "Índios ampliam invasões de propriedades em Dourados", assinada por Marcos Santos, publicada no dia 22 de agosto último, é um exercício explícito de incitação à intolerância étnica