Pular para o conteúdo principal

Seguindo onda de ocupações, Índios Kaigang ocupam Secretaria da Educação no Paraná.

A tentativa fracassada do governo Temerário de mexer nas regras, conteúdos e disciplinas do Ensino Médio sem discussão ampla com a sociedade continua a produzir efeitos maravilhosos.

Aquilo que era um fenômeno tido como isolado, restrito apenas aos estudantes de São José dos Pinhais, reverberou de tal forma que se espalha até outros Estados da nação. Realmente os(as) secundaristas não estão para falta de diálogo. Querem o diálogo.
De forma impressionante, sem grana, sem muita burocracia e com a ousadia que a própria idade lhes possibilita, adolescentes e jovens, apoiados por seus pais e professores, funcionários da e algumas direções escolares, protagonizam um grande fórum de debates sobre o que é Educação, o que é e o que deveria ser a Escola.


Indígenas tomaram a regional da Secretaria de Estado de Educação (SEED) na manhã do dia 17 de outubro, no município de Pato Branco, região Sudoeste, em protesto contra o desmonte do ensino público patrocinado pelos governos Michel Temer (PMDB) e Beto Richa (PSDB).



A ocupação do NRE de Pato Branco foi comandada pacificamente pelo cacique Miguel Alves, do povo kaingang. Cerca de 20 índios estão no local. “Pacífica por enquanto”.  
O NRE de Laranjeiras do Sul, também no Sudoeste do estado, igualmente foi ocupado por estudantes.
O cacique indígena chamou de “covardes” os professores que furam a greve no primeiro dia de paralisação.
“Quero dar um recado para esses professores, que são uns covardes, que não vem aqui participar da greve. Não defendem nem sua classe. Falta de vergonha para os professores que estão aí nas escolas defendendo seu emprego e não vem aqui na greve defender o próprio salário”, fustigou o cacique kaingang.
Cacique Miguel disse que a ocupação é por salário dos professores, redução da carga horária, e contra o congelamento de investimentos.
“Nós não estamos chateados, mas aguardamos os colegas professores para reforçar a ocupação do NRE”, afirmou uma educadora.

Além da Secretaria da Educação, tomadas hoje pelos indígenas, mais de 500 escolas estão ocupadas pelos estudantes em todo o Paraná. Eles reivindicam a retirada da MP 746 (reforma do ensino médio) e da PEC 241 (congelamento de investimentos por 20 anos), e punição às autoridades que desviaram R$ 50 milhões, apurados pela Operação Quadro Negro, que seriam destinados à construção de escolas.




Segundo a página #OcupaParaná  na manhã do dia 18 de Outubro, já eram mais de 680 escolas ocupadas em todo o estado do Paraná, bem como 11 universidades e 3 núcleos de educação.







Informações retiradas de:
https://www.facebook.com/OcupaPr/?fref=ts
http://www.esmaelmorais.com.br/2016/10/indios-tomam-secretaria-da-educacao-no-parana-estudantes-tambem-ocupam-nre/

Postagens mais visitadas deste blog

​JÁ ESTÁ DISPONÍVEL EM E-BOOK O ATLAS DA QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ

Um esforço coletivo do Observatório da Questão Agrária no Paraná junto a movimentos sociais e povos e comunidades que mostram a diversidade das relações, práticas e dos conflitos pela terra e território paranaenses.   Convidamos a todxs a se apropriar dessa leitura ampla e crítica sobre o campo no estado e esperamos que o Atlas seja objeto de leitura e divulgação, de uso como material didático e de formação, e acima de tudo que possa contribuir ao debate sobre o Paraná que temos e o que queremos.   Logo abaixo você pode clicar na imagem e Baixar o documento para ter acesso ao Atlas e desfrutar da leitura:  

NOTA DE REPÚDIO

A Rede de Pesquisadores sobre a Questão Agrária no Paraná, integrada por pesquisadores de oito universidades públicas do estado, vem a público manifestar preocupação em face do cerceamento do exercício profissional da Geógrafa e pesquisadora Márcia Yukari Mizusaki, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) por meio de ameaças motivadas pelo trabalho realizado junto às comunidades indígenas   do Município de Dourados, no Mato Grosso do Sul. À preocupação com esse que poderia ser um ato isolado, perpetrado por indivíduos que sentem-se à vontade para atentar contra os Direitos Constitucionais da servidora e dos indígenas, soma-se o repúdio à semelhante conduta do Jornal Diário MS, veículo de imprensa investido da tarefa pública de informação graças à concessão de que desfruta. A materia "Índios ampliam invasões de propriedades em Dourados", assinada por Marcos Santos, publicada no dia 22 de agosto último, é um exercício explícito de incitação à intolerância étnica