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Mostrando postagens com o rótulo Assentamento

No Paraná, assentamentos e acampamentos do MST são exemplos de produção de alimentos

  Apenas em abril, o MST doou 67 toneladas de alimentos no Paraná, durante a Jornada Abril Vermelho. - Giorgia Prates O sistema de monocultura, implantado no Brasil desde o século 16, traz consequências desastrosas para o povo e o território brasileiros. O modelo vem provocando destruição da biodiversidade e esgotamento dos solos, além de contribuir com a fome, já que sua produção é primária, restrita a poucos alimentos e destinada, quase que exclusivamente, para exportação. No Paraná, segundo o Censo Agropecuário de 2019, cerca de 200 mil propriedades são usadas para monocultura. O inventário da cobertura vegetal do Paraná, elaborado pelo Serviço Florestal Brasileiro, mostra que o agronegócio ocupa 50,3% do território estadual. Estão nessas áreas, segundo o estudo, os maiores trechos de erosão do solo. “O monocultivo no Paraná ocupa grandes extensões de terra, tem alto investimento em tecnologia para produzir apenas quatro alimentos: soja, trigo, milho e cana de açúcar. Essa produ...

VIOLÊNCIA E RETROCESSOS NA POLÍTICA AGRÁRIA NO PARANÁ - Boletim DATALUTA

No estado do Paraná o processo de desenvolvimento do sistema capitalista deixou suas marcas de violência e conflitos no campo. É possível destacar o uso sistemático da violência contra camponeses e indígenas neste estado desde o período colonial com o envio de diligências militares para assassinar os indígenas que habitavam estas terras. A Guerra do Contestado (1912-1916), a Guerrilha de Porecatu (1946- 1951), a Revolta dos Colonos do Sudoeste do Paraná (1957), e, mais recentemente, os casos envolvendo o latifúndio Araupel (1996 e 2016), dentre tantos outros são também exemplares da violência que se estabelece no campo. O presente texto apresenta os conflitos agrários no estado do Paraná a partir do processo sistemático, permanente e intensificado de práticas de uso da violência contra os sujeitos sociais do campo e seu modo de vida. Muitas destas práticas são marcadas por profundos traços de brutalidade contra as pessoas que questionam o uso e a funcionalidade da apropriação privada ...

Reintegração de posse fará onze famílias serem despejadas em pré-assentamento em Cascavel-PR

Desde 1996, onze famílias formam o pré-assentamento Jangadinha (Cascavel-PR), na promessa de serem assentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Alegando que o valor oferecido pelo Incra era muito abaixo do esperado, o proprietário pediu a reintegração de posse. Em março desse ano, após mais de 20 anos, a decisão foi concedida. E agora as famílias sofrem com o despejo iminente. Para expor a ineficiência do INCRA neste caso, que em mais de 20 anos não propôs uma solução concreta e atenta contra as famílias ao permitir que o proprietário tome posse novamente, lançamos este vídeo. Via: Mídia Sem Terra. Acesse: https://www.facebook.com/midiasemterra/

Militantes do MST perdem tudo em incêndio criminoso no Paraná

Após passar quatro dias na marcha Lula Livre, em Brasília, o comunicador Wellington Lenon, e sua companheira, a professora Juliana Cristina, voltaram para o pré-assentamento Herdeiros da Terra, em Rio Bonito do Iguaçu (PR), e encontraram somente os destroços do que era a casa em que moravam, destruída por incêndio criminoso. O local ocupado é área da União, em disputa judicial com empresa madeireira, e já está em fase de transição de acampamento para assentamento. Os trabalhadores sem-terra utilizam o espaço para cultivo de alimentos, ressignificando a área que anteriormente era utilizada somente para plantação de pinus, o chamado deserto verde, que impede o crescimento de outras variedades de plantações, mas vivem cercados por seguranças armados a serviço da empresa. Postado originalmente em : https://www.brasildefato.com.br/2018/08/17/militantes-do-mst-perdem-tudo-em-incendio-criminoso-no-parana/

Um assentamento para (vi)ver

Nesses tempos em que desenvolvimento se confunde com tecnologia de ponta expressa em objetos sofisticados, substâncias artificiais e comportamento consumista, é o mercado que se insinua como mediador legítimo da nossa existência, nos coagindo ao ritmo frenético do princípio do fazer para o ter numa esquizofrênica corrida pela felicidade que sempre se esgota no ato do consumo. Daí sermos confrontados com desafios cada vez menos humanos, tanto no sentido biológico quanto psicossocial, para seguirmos como parte dessa perversa engrenagem, que cobra um tributo à nossa saúde, sanidade, coerência e perpetuidade enquanto espécie. Cientes de que a educação detém particular papel na formação da consciência crítica, aquela que nos investe da capacidade de compreender como o mundo funciona para, na coesão de ideias, construir estratégias para que ele possa funcionar melhor, é que nos propomos a aproximações entre os saberes acadêmicos, depurados no exercício das ideias, e o dos campon...