Foi lançado, na sexta-feira (19), o documentário “Três Alves”, produzido pela L’avant Filmes. O filme conta a história de três irmãos indígenas da etnia Avá-Guarani que lideraram a retomada de terras perdidas pela construção de Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional.
A história do trio João, Pedro e Teodoro, narrada no filme com uma alegoria da diáspora guarani, é fundamental para o entendimento do processo de migração dos povos indígenas na tríplice fronteira.
Vale destacar que o processo de deslocamento dos Avá-Guarani está intrinsecamente ligado à religiosidade na busca da chamada “Terra Sem Males”. Porém, no extremo oeste paranaense, essa migração tornou-se uma questão de sobrevivência depois que grande parte das terras tradicionais foram postas sob as águas da barragem da de Itaipu.
Os Alves viviam na aldeia Ocoy Jacutinga, uma das comunidades atingidas pela formação do lago de Itaipu. Após ser desalojada, a família migrou e dispersou-se, de maneira que cada um dos três filhos montou uma nova aldeia em regiões diferentes do Paraná.
Três novos caciques em busca da Terra Sem Males. “A partir daí a tradição oral dos guarani contará sua própria história e trajetória, que ao mesmo tempo em que apresentará um drama humano contará a diáspora guarani pós-Itaipu”, explica Vander Colombo, diretor do documentário.
Segundo estudos da antropóloga Malu Brant, existiam 32 aldeias no Paraná antes do período de Itaipu, sendo que ao menos nove delas desapareceram entre 1940 e 1982, período entre a criação do Parque Nacional do Iguaçu (1939) e o alagamento para formação do lago (1982). Continuar lendo
Matéria completa e na íntegra disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2021/03/22/pr-documentario-apresenta-luta-pela-terra-apos-construcao-da-usina-de-itaipu
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