É tempo de ocupar, resistir e produzir!
Contra o
capital e seu Estado, contra a ganância e a intolerância dos ricos, a
resistência e a radicalidade dos pobres!
É tempo de
ocupar fábricas e terras improdutivas, escolas e universidades que não cumprem
a função social! É tempo de produzir alimentos, saúde, educação, trabalho
digno, novas teorias revolucionárias, para superar o capitalismo e o capital.
É tempo de
novíssima república, onde não haja espaço para impérios dos Joãos, Pedros,
Buchs, Obamas e Trumps. Nunca mais velha república, novas repúblicas
democrático-burguesas ou democrático-populares, e muito menos ditadores. Adeus
"república de Curitiba", do Richa, do Moro e de seus capangas. Adeus
Temer, Cunha, Gilmar Mendes e demais golpistas de Brasília, porque aumentaram
nossas dores!
É tempo
de:
É tempo de
unir mente, coração e sangue vertendo nas artérias dos que trabalham e produzem
as riquezas desta nação. É tempo de alicerçar nossa História na bravura dos
mártires da Nossa América. É tempo de sentir pelo olfato, tato, paladar,
ouvido, os heróis do nosso tempo, para ampliar nossa solidariedade e construir
juntos uma nova realidade e uma nova visão.
É tempo de
enxergar na natureza a na natureza humana, a cor da pele dos originários do
tempo do paraíso invadido pelos europeus e a cor da "terra mãe" na
cultura de todas as nações. É tempo de desanuviar a ilusão, e compreender quem
produz para a vida e quem produz pela dor e o trabalho alheio, as doenças, a
morte e o cinismo dos perdões.
É tempo
de:
É tempo de
sentir no rosto das crianças indígenas, a alegria da inocência diante da
esperança destruída pelo latifúndio e o agronegócio mercantil. É tempo de
observar as crianças pobres morrerem nas ruas, no acampamento, nas favelas e no
cortiço, sem o pão de cada dia, enquanto as crianças ricas vivem em berço de
ouro, protegidas em segurança máxima para a herança de fortunas mil.
É tempo de
ocupar e resistir contra a PEC 241/055; o PL 257; as contrarreformas do ensino
médio, trabalhista e previdenciária, contra a "Lei da mordaça" e a
Lei Antiterror. Porque seus proponentes "têm as mãos sujas de sangue"
e tem cheiro de morte. É tempo de ocupar e resistir em defesa das conquistas
históricas da classe trabalhadora e demais pobres, "por nenhum direito a
menos" - em defesa da vida e a favor do real produtor.
É tempo
de:
É tempo de
ocupar, resistir e produzir, em combate aos agrotóxicos, às sementes
transgênicas e às máquinas da destruição. É tempo de vigorar nossa esperança
pela vida saudável e auto-sustentável, salvar o Planeta Terra, produzindo
alimentos e riquezas sem fronteiras
pelos caminhos da humanização.
É tempo de
ocupar, resistir e fazer reforma agrária, demarcar as terras indígenas,
legalizar as terras quilombolas, garantir terrenos urbanos para moradia
popular. É tempo de superar os preconceitos por etnia, gênero e por região. É
tempo de rebeldia contra a guerra agrária de 516 anos em todo nosso chão. É
tempo de organizar, ocupar, resistir e produzir por local de trabalho, moradia
e estudo, é tempo de revolucionar!
É tempo
de:
É tempo de
atravessar divisas e de derrubar cercas separatistas entre os pobres do campo e
da cidade. É tempo de construir pontes do "H" através do trabalho
associado e pela emancipação. É tempo de "olho no olho" dos camaradas
e companheiros e, "ombro a ombro" na luta para derrotar os que
exploram e oprimem com o lucro, o capital e a discriminação.
É tempo de
apurar a consciência diante das contradições antagônicas e não antagônicas:
diante do "cabo de guerra", entre salário e mais-valia, capital e
trabalho, a real exploração; imperialismo e libertação nacional, mulheres e
negros ricos e, mulheres e negros pobres as diferenças da opressão. É tempo da
combatividade dos imprescindíveis contra qualquer dominação.
É tempo de
buscar na memória e na História, as experiências da resistência, nas
"veias abertas da América Latina", dos mártires em lutas incansáveis
pela libertação!
É tempo
de:
Sepé
Tiarajú;
Túpac
Amarú;
Felipe dos
Santos;
Antônio
Conselheiro;
Zumbi dos
Palmares;
Margarida
Alves.
Presentes,
hoje e sempre!!!!
É tempo
de:
Francisco
Julião,
Vladimir
Herzog;
Edson
Luís;
Carlos
Lamarca;
Carlos
Marighella e
Santo
Dias.
Presentes,
hoje e sempre!
É tempo
de:
Jose
Martí;
Emiliano
Zapata;
Augusto
Cesar Sandino;
Camilo
Torres;
Camilo
Cienfuegos e
Ernesto
Che Guevara.
Presentes,
hoje e sempre!
É tempo
de:
Oscar
Romero;
Caio Prado
Jr;
Luís
Carlos Prestes;
Florestan
Fernandes;
Octávio
Ianni e
José
Carlos Mariátegui.
Presentes,
hoje e sempre!
É tempo
de:
Karl Marx;
Friedrich
Engels;
Vladimir
Lênin;
Rosa
Luxemburgo;
Leon
Trotsky e
Mao Tse
Tung.
É tempo
de:
Antonio
Gramsci;
György
Lukács;
Eduardo
Galeano;
Chico
Mendes;
Rui Mauro
Marini e
Eric
Hobsbawm.
É tempo
de:
Fidel
Castro e
demais
guerrilheiros da América Latina, do Brasil e dos
mártires operário-populares do nosso tempo.
Presentes,
hoje e sempre!
Obs. 1
minuto de silêncio, em memória dos atuais mártires e em solidariedade com os
atuais presos políticos da luta operário-popular.
É tempo de
ocupar, resistir, produzir, já é tempo de revolucionar!
Já é tempo
de alianças dos de baixo: operários e camponeses, indígenas e quilombolas,
ilhéus e pescadores de todos os rincões. Sem-terras e sem-teto; trabalhadores
formais e informais, imigrantes oprimidos de todas as nações.
Já é tempo
de sentir nos pés, o orvalho e nos olhos as lágrimas de indígenas sem direitos
em terras sem demarcação. Nas mãos calejadas de camponeses e sem-terras, a voz
que não cala diante da reforma agrária sem solução. "Ouvir a voz rouca das
ruas", dos moradores das sarjetas, viadutos, esgotos e palafitas, clamarem
por moradia digna diante do Estado em eterna omissão.
É tempo
de:
Atravessar
fronteiras, continentes, rios, oceanos, morros e ruas para observar que temos
um grande inimigo em comum, o capital e seu Estado em toda nação. Os exércitos
em guerra contra os pobres negros, mulheres, homossexuais, imigrantes,
trabalhadores públicos e dos bancos, do comércio e do chão da fábrica, em
constante sangria e exploração.
Já é tempo
de fazer trincheiras na América Latina, no Caribe, na América do Norte, na
África, na Ásia, na Europa e na Austrália, em toda a nação. É tempo de unir as
forças proletário-camponesas e demais oprimidos, dos incansáveis socialistas e
comunistas do mundo. É tempo de nova teoria, é tempo de construir Revolução!
Firmes
sempre, revolucionários e
revolucionárias contra o capitalismo e o capital!
Alfonso
Klein
(kleinengel@yahoo.com.br;
kleinengel59@gmail.com)