Após desocupação violenta
da PM na última quinta-feira (8), que resultou em diversas pessoas feridas e
três detenções, atingidos protestaram nas ruas do Paraná.
foto: site MAB
Nesta segunda-feira
(12), cerca de mil pessoas entre atingidos, comerciantes, e integrantes de
organizações do campo e da cidade realizaram atos nos municípios de Capanema e
Capitão Leônidas Marques (PR), para denunciar a truculência do governo do
Estado e da empresa Neoenergia por meio da ação violenta da Polícia Militar,
cometida contra famílias atingidas na última quinta-feira (08).
Em Capanema, o ato aconteceu pela manhã em
frente ao Fórum, com faixas e cartazes. Os manifestantes jogaram flores
denunciando o descaso da justiça frente aos atingidos.
Em Capitão, tratores estiveram à frente da
caminhada. Nos dois municípios a luta dos atingidos teve apoio dos comerciantes
que fecharam o comércio local e se juntaram à mobilização.
foto: site MAB
Os atingidos também exigem avanços nas negociações sobre o preço
da terra e áreas para reassentamento e aguardam a reunião de quarta-feira, dia
14/09, em Curitiba, com os representantes do Consórcio Geração Céu Azul,
Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual, atingidos e o governo
do Paraná, com o objetivo de garantir os direitos dos atingidos, incluindo o
reassentamento e as indenizações às famílias.
Esta reunião foi marcada na última sexta
feira (09/09), em encontro com Valdir Rossoni, chefe estadual da Casa Civil,
tenente da Polícia Militar do estado, Defensoria Pública Estadual, Ministério
Público Estadual e advogados.
Rossoni, como represente do governo do
Estado, foi enfático ao afirmar que o governo não pedirá a paralização da obra,
dizendo que as famílias atingidas devem esperar a solução desse impasse através
das próximas reuniões. No final da reunião, foi estabelecido um acordo de
retirada da Polícia do local e os atingidos se comprometeram em não ocupar mais
o canteiro.
foto: site MAB
O encerramento do ato em
Capanema e Capitão, contou com o apoio do pároco do município de Capitão
Leônidas Marques, Padre Antônio Teixeira, que se solidarizou com a causa dos
atingidos. “O pedaço de terra que dá o sustento aos agricultores está sendo tirado,
porque existem pessoas gananciosas que querem usurpar o direito dessas
famílias. Ao mesmo tempo, a alegria dos que estão firmes na luta persiste e os
atingidos têm todo o apoio da igreja nesta caminhada”, afirmou Teixeira.
Texto original publicado no site do MAB