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No Paraná, acampamento Maila Sabrina sofre com constantes ameaças

Localizado na cidade de Faxinal, o acampamento sofre com articulações contra o desenvolvimento da comunidade

Da Página do MST 
No último dia 8 de janeiro de 2003, famílias Sem terra ocuparam a fazenda Brasileira, nos municípios de Faxinal e Ortigueira no Paraná.
O terreno de 10 mil hectares hoje conta com 430 famílias. O que a torna hoje a maior  do que alguns municípios do Paraná. Através do trabalho e com investimentos próprios, os Sem Terra construíram suas casas com abastecimento de energia e água, que é obtida de nascentes. Hoje a comunidade já estabelecida sofre com contantes ameaças de despejo. Em nota, o MST  especifica as condições de ameaça local além de frisar a importância do acampamento na região.  

Confira: 
Nesses últimos 15 anos, a comunidade Maila Sabrina, se organizou e através do trabalho em mutirão comunitário construíram uma borracharia, um açougue, uma unidade de saúde, uma lanchonete e um mercado., além de um campo de futebol e um centro comunitário. 
Para possibilitar o desenvolvimento humano e assegurando o direito à educação pública, as famílias através do trabalho em mutirão também construíram a escola itinerante 'Caminhos do Saber' que atende todas as etapas da educação básica. A escola que atende 200 educandos e emprega 20 funcionários começou a ser pensada e organizada no final de 2005 em parceria com Secretaria Estadual de Educação do Paraná.  As crianças que antes percorriam 40 quilômetros diariamente para estudar, hoje tem acesso à educação de qualidade em sua própria comunidade. 
As famílias cultivam cerca de sete mil hectares de terra com agricultura e pecuária, produzindo soja, milho, feijão, trigo, arroz, legumes, hortaliças e frutíferas para comercialização. Cada família, em seu lote de moradia produz uma diversidade de produtos para autoconsumo, criando animais de pequeno porte também para venda. Além disso, as famílias trabalham fazendo diárias na colheita para complementar a renda. Com a riqueza gerada pelo trabalho com a agricultura, as famílias investiram em patrulhas de máquinas, adquirindo 28 tratores, dez colheitadeiras, 12 caminhões, além de uma centena de implementos agrícolas, para aumentar a produtividade, gerando desenvolvimento e aquecendo a economia regional, contribuindo significativamente com a arrecadação de impostos pelo município e estado. 
A produção do acampamento apresenta forte incidência sobre o desenvolvimento econômico da região, pois todos os produtos que saem da comunidade são direcionados para os municípios próximos. A cidade de Faxinal se coloca como principal ponto de deslocamento para as famílias acampadas, além de ser o grande centro no qual a comunidade acessa os diversos tipos de comércios e de serviços, o que contribuiu em grande medida para o desenvolvimento do município desde a consolidação do acampamento.  
As famílias da comunidade Maila Sabrina tem um sonho de ter uma vida digna: Com um pedaço de terra para trabalhar, viver, e poder dar educação, saúde, cultura e lazer para seus filhos.  
Com isso contamos com a solidariedade e a intervenção da sociedade e autoridades que podem ajudar e contribuir nessa causa coletiva. 
  
A solução é a terra para as famílias com assentamento já! 
Comunidade Maila Sabrina, 27 de Outubro de 2017.

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​JÁ ESTÁ DISPONÍVEL EM E-BOOK O ATLAS DA QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ

Um esforço coletivo do Observatório da Questão Agrária no Paraná junto a movimentos sociais e povos e comunidades que mostram a diversidade das relações, práticas e dos conflitos pela terra e território paranaenses.   Convidamos a todxs a se apropriar dessa leitura ampla e crítica sobre o campo no estado e esperamos que o Atlas seja objeto de leitura e divulgação, de uso como material didático e de formação, e acima de tudo que possa contribuir ao debate sobre o Paraná que temos e o que queremos.   Logo abaixo você pode clicar na imagem e Baixar o documento para ter acesso ao Atlas e desfrutar da leitura:  

NOTA DE REPÚDIO

A Rede de Pesquisadores sobre a Questão Agrária no Paraná, integrada por pesquisadores de oito universidades públicas do estado, vem a público manifestar preocupação em face do cerceamento do exercício profissional da Geógrafa e pesquisadora Márcia Yukari Mizusaki, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) por meio de ameaças motivadas pelo trabalho realizado junto às comunidades indígenas   do Município de Dourados, no Mato Grosso do Sul. À preocupação com esse que poderia ser um ato isolado, perpetrado por indivíduos que sentem-se à vontade para atentar contra os Direitos Constitucionais da servidora e dos indígenas, soma-se o repúdio à semelhante conduta do Jornal Diário MS, veículo de imprensa investido da tarefa pública de informação graças à concessão de que desfruta. A materia "Índios ampliam invasões de propriedades em Dourados", assinada por Marcos Santos, publicada no dia 22 de agosto último, é um exercício explícito de incitação à intolerância étnica