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MOÇÃO DE REPÚDIO À CRIMINALIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES ANARQUISTAS E DOS COLETIVOS LIBERTÁRIOS

No último dia 25 de outubro foi dado início uma operação da polícia civil do Rio Grande do Sul chamada de Érebo. Uma ação policial claramente anti-anarquista em Porto Alegre. Tal ação teve como alvo a Federação anarquista gaúcha, o Instituto Parrhesia e a ocupação pandorga. A operação policial foi articulada em conjunto com veículos de comunicação de massa, culminando em uma reportagem do programa fantástico que associa a ideologia anarquista ao terrorismo. Historicamente os agentes do capital, os detentores das mídias burguesa e os aparelhos de repressão do estado “pintam” o anarquismo como um mosaico do caos, medo e terrorismo. A investida detratora demonstra claramente a preocupação da classe dominante com o projeto anarquista de sociedade que rechaça a democracia representativa e apresenta como alternativa para o panorama eleitoral para 2018 o fortalecimento dos movimentos sociais e a elevação do nível de ação direta do povo buscando construir o poder popular desde baixo e à esquerda. Este programa se coloca como alternativa real do enfrentamento ao ajuste fiscal, a perda de direitos e o extermínio da juventude negra nas periferias e dos povos do campo.
Nós, participantes do SINGA 2017, reunidos/as em Curitiba, repudiamos a criminalização dos lutadores e lutadoras seja no campo libertário e dos demais setores populares. Falamos isso porque entendemos que hoje são os anarquistas e libertários que estão sendo perseguidos. Amanhã, tal onda repressiva, se estenderá a todos aqueles e aquelas comprometi@s com o projeto emancipatório da sociedade.
Essas e demais tentativas de criminalização de nossas lutas, de nossa bandeira, de nossos objetivos, de nossas vidas não devem ser empecilhos para continuarmos nosso trabalho, construindo um povo forte e organizado em todas suas instâncias no cotidiano de nossas frentes de luta. Da escola ao sindicato. Da família ao trabalho. Do campo e da cidade. Nossas ações vão continuar se territorializando. O anarquismo continua estendendo suas bandeiras de norte a sul nesse país rumo ao socialismo e a liberdade!
TODO APOIO AOS COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS DA FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA-FAG, INSTITUTO PARRHESIA E À OCUPAÇÃO PANDORGA! ANARQUISMO NÃO É CRIME, E LUTA EXIGE RESPEITO!
VIVA A ANARQUIA! CONTRA A FARSA DA REDE GLOBO!

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​JÁ ESTÁ DISPONÍVEL EM E-BOOK O ATLAS DA QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ

Um esforço coletivo do Observatório da Questão Agrária no Paraná junto a movimentos sociais e povos e comunidades que mostram a diversidade das relações, práticas e dos conflitos pela terra e território paranaenses.   Convidamos a todxs a se apropriar dessa leitura ampla e crítica sobre o campo no estado e esperamos que o Atlas seja objeto de leitura e divulgação, de uso como material didático e de formação, e acima de tudo que possa contribuir ao debate sobre o Paraná que temos e o que queremos.   Logo abaixo você pode clicar na imagem e Baixar o documento para ter acesso ao Atlas e desfrutar da leitura:  

NOTA DE REPÚDIO

A Rede de Pesquisadores sobre a Questão Agrária no Paraná, integrada por pesquisadores de oito universidades públicas do estado, vem a público manifestar preocupação em face do cerceamento do exercício profissional da Geógrafa e pesquisadora Márcia Yukari Mizusaki, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) por meio de ameaças motivadas pelo trabalho realizado junto às comunidades indígenas   do Município de Dourados, no Mato Grosso do Sul. À preocupação com esse que poderia ser um ato isolado, perpetrado por indivíduos que sentem-se à vontade para atentar contra os Direitos Constitucionais da servidora e dos indígenas, soma-se o repúdio à semelhante conduta do Jornal Diário MS, veículo de imprensa investido da tarefa pública de informação graças à concessão de que desfruta. A materia "Índios ampliam invasões de propriedades em Dourados", assinada por Marcos Santos, publicada no dia 22 de agosto último, é um exercício explícito de incitação à intolerância étnica