NOTA PÚBLICA DO OBSERVATÓRIO DE DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS DA UNIOESTE EM REPUDIO A PRISÃO DE CINCO INDIGENAS GUARANI, NO MUNICIPIO DE SANTA HELENA
O Observatório de Direitos Humanos, Cidadania e Movimentos Sociais da UNIOESTE vem a púbico manifestar sua consternação e repúdio em relação aos fatos recentes ocorridos no município de Santa Helena envolvendo as comunidades indígenas Guarani.
Repudiamos a prisão arbitrária de cinco indígenas Guarani por suposto crime ambiental contra a área de preservação de Itaipu Binacional, assim como os indícios de racismo e preconceito por parte da Polícia Ambiental em relação aos indígenas detidos e a sua comunidade de origem Mokoi Joegua.
Repudiamos o discurso de ódio e baseado na violência que vem sendo vocalizado em Santa Helena por órgãos da imprensa local e oriundo de sindicatos patronais e associações de classe em relação as comunidades indígenas, discursos que terminam por impedir a possibilidade de mediação e superação dos conflitos por apostar na solução violenta e à margem da legalidade institucional, como a organização de “barreiras” em frente as comunidades indígenas Guarani com o pretenso objetivo de evitar “mais invasões”.
Neste sentido também repudiamos e nos causa estranheza que a Itaipu Binacional – sem nenhum aviso e nenhuma tentativa de negociação prévia – entre com 03 pedidos de reintegrações de posse contra as comunidades indígenas Guarani logo após a detenção dos indígenas pela Polícia Ambiental.
Lamentamos que a Itaipu não cumpra seu papel de mediadora do conflito territorial em Santa Helena, conflito que ela mesmo ocasionou ao inundar parte significativa do território tradicional Guarani com a subida das águas em 1982.
Diante destes fatos, o Observatório de Direitos Humanos, Cidadania e Movimentos Sociais da UNIOESTE se coloca solidário as justas demandas territoriais Guarani e solicita imediata intervenção do Ministério Público e da FUNAI para que se construam soluções de caráter pacífico e legal que garantam os direitos originários das comunidades Guarani.
Repudiamos a prisão arbitrária de cinco indígenas Guarani por suposto crime ambiental contra a área de preservação de Itaipu Binacional, assim como os indícios de racismo e preconceito por parte da Polícia Ambiental em relação aos indígenas detidos e a sua comunidade de origem Mokoi Joegua.
Repudiamos o discurso de ódio e baseado na violência que vem sendo vocalizado em Santa Helena por órgãos da imprensa local e oriundo de sindicatos patronais e associações de classe em relação as comunidades indígenas, discursos que terminam por impedir a possibilidade de mediação e superação dos conflitos por apostar na solução violenta e à margem da legalidade institucional, como a organização de “barreiras” em frente as comunidades indígenas Guarani com o pretenso objetivo de evitar “mais invasões”.
Neste sentido também repudiamos e nos causa estranheza que a Itaipu Binacional – sem nenhum aviso e nenhuma tentativa de negociação prévia – entre com 03 pedidos de reintegrações de posse contra as comunidades indígenas Guarani logo após a detenção dos indígenas pela Polícia Ambiental.
Lamentamos que a Itaipu não cumpra seu papel de mediadora do conflito territorial em Santa Helena, conflito que ela mesmo ocasionou ao inundar parte significativa do território tradicional Guarani com a subida das águas em 1982.
Diante destes fatos, o Observatório de Direitos Humanos, Cidadania e Movimentos Sociais da UNIOESTE se coloca solidário as justas demandas territoriais Guarani e solicita imediata intervenção do Ministério Público e da FUNAI para que se construam soluções de caráter pacífico e legal que garantam os direitos originários das comunidades Guarani.