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Mostrando postagens de 2019

Guarani de 28 anos é morto a pauladas e pedradas no Paraná

O indígena Demilson Ovelar Mendes, de 28 anos, era considerado uma pessoa tranquila. Vivia com a mãe, dois irmãos e uma irmã na aldeia Tekoha Jevi, uma das quatorze localizadas no município de Guaíra, no oeste do Paraná.  São comunidades tradicionais que abrigam famílias da etnia Avá-Guarani. Na quinta-feira (14), Mendes saiu no fim da tarde com destino à Vila Eletrosul, bairro que fica a um quilômetro e meio da sua casa. De acordo com Anatalio Ortiz, um dos líderes da Tekoha Jevi, ele estava em um bar quando, por volta das 17 horas, foi abordado por dois rapazes de moto. “Demilson foi visto pela última vez conversando com essas pessoas”, diz Ortiz. A polícia encontrou o corpo cerca de três horas depois, a quinhentos metros do bar, no meio de uma plantação de soja, com marcas de pedradas e pauladas. “Por volta das 20 horas, avistamos viaturas e uma ambulância passar em direção à plantação de soja”, conta Ilson Gonçalves, cacique da Tekoha Y Hovy, aldeia mais próxima do local onde

Nota de repúdio pela volência e ameaças sofridas por faxinalenses em Pinhão-PR

A Articulação Puxirão de Povos Faxinalenses (APF) manifesta repúdio à violência sofrida pela família Ferreira Silva do Faxinal Bom Retiro em Pinhão/PR, na noite do dia 27 de julho de 2019, quando foram disparados dois tiros de arma de fogo, calibre 12 na residência da família, obrigando-a a se refugiar para local distante a fim de garantir sua integridade física e psicológica. Após alguns meses, no dia 05 de outubro, novamente a família sofreu violência, quando a casa desabitada foi incendiada e destruída pelo fogo criminoso daqueles que querem expulsá-la do Faxinal Bom Retiro e enfraquecer a organização política faxinalense como um todo. Na foto abaixo verificam-se as cinzas da casa incendiada pelos criminosos. Se não bastasse os tiros e a destruição da casa, no dia 21 de outubro de 2019, houve uma terceira ameaça, quando foram inscritos símbolos de cruz e túmulos, conforme foto a seguir, nas proximidades da casa destruída, indicando disposição de assassinato de todos os membros
Jornada da Questão Agrária é realizada na Unicentro/Campus Irati Entre os dias 15 e 17 de agosto de 2019, a Unicentro/Campus de Irati sediou a sétima edição da Jornada de Pesquisas sobre a Questão Agrária no Paraná (JPQA), com o intuito de proporcionar um debate teórico em interlocução com os movimentos e sujeitos sociais do campo. O evento foi organizado pelo Coletivo de Estudos e Ações em Resistências Territoriais no Campo e na Cidade (CERESTA).   A JPQA contou com a presença de representantes indígenas, de movimentos sociais e de organizações não-governamentais como: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Aprendizes da Sabedoria (MASA), AS-PTA Agricultura e Agroecologia.   O agricultor Luís Antônio Ribas (o Jagunço) do acampamento Mário Lago definiu que o movimento busca conscientizar e busca várias formas de conhecimento para que as pessoas vão produzindo cada vez mais sem o agrotóxico, sem o veneno, porque o mal da sociedade, talv

Nota do MST contra o despejo forçado de famílias de Roncador

Em nota emitida no dia de hoje (13), o MST protesta contra o despejo forçado de 50 famílias no município de Roncador, região centro-ocidental do estado. O movimento denuncia que já se trata da sexta reintegração de posse executada com Ratinho Junior como governador e Bolsonaro como presidente. Leia abaixo a nota completa:  "MST repudia despejo de 50 famílias em Roncador, no Paraná O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) repudia mais um despejo de famílias sem-terra, executado nesta quinta-feira (12) pela Polícia Militar do Paraná. Desta vez foi no município de Roncador, onde cerca de 50 famílias ocupavam a fazenda Rio Azul, de 105 alqueires, desde outubro de 2017. Nestes dois anos em cima da terra, os agricultores produziram e colheram milho, arroz, feijão, batata doce, mandioca, hortaliças, galinhas, suínos - tudo pra consumo próprio, gerando melhores condições de vida para as famílias.  Esta é a sexta reintegração de posse desde o início da gestão de Ratinh

ACECAMPO - em defesa das escolas do campo, indígena e quilombola

PGR pede condenação de responsáveis por violações de direitos dos Avá-Guarani na construção da Usina de Itaipu

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a condenação da União, do estado do Paraná, da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Itaipu Binacional por danos causados pela Usina Hidrelétrica (UHE) de Itaipu ao povo Avá-Guarani, residente naquela região. De acordo com a PGR, a medida busca reparar violações de direitos sofridas pelos indígenas da etnia desde a construção da usina, entre 1978 e 1982, e que perduram até os dias atuais. Muitos deles foram expulsos e excluídos dos processos de reassentamento e reparação promovidos pelo Estado brasileiro, aponta a PGR. A Ação Civil Originária (ACO) movida pela PGR tem como fundamento o relatório produzido pelo Grupo de Trabalho (GT) Itaipu, vinculado à Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR) do Ministério Público Federal (MPF), e que revelou inúmeros atos de discriminação perpetrados pelas organizações e entes denunciados. Entre eles, a negação

Carta de Irati

Unicentro, Irati, 16/08/2019 Nós, Camponeses, Indígenas, Benzedeiras, Faxinalenses, Estudantes e Professores, de diferentes regiões do estado do Paraná, presentes na VII Jornada de Pesquisas sobre a Questão Agrária no Paraná, vimos a público denunciar, reivindicar e expressar nossa preocupação com os retrocessos de ordem política, jurídica, social e ambiental relacionados aos povos do campo e que foram objeto de intenso debate durante a Jornada. DENUNCIAMOS - A situação de descaso e repressão que sofrem os povos indígenas das quatorze Tekohas na região Oeste do Paraná; - O cercamento dos territórios, o envenenamento das plantas e das nascentes e o não reconhecimento das diferentes territorialidades dos povos e comunidades tradicionais; - A ameaça de despejo aos camponeses acampados e assentados no estado do Paraná; - O enxugamento na elaboração e execução de políticas públicas destinadas aos povos do campo; - Os limites que a agricultura convencional, baseada no uso in

Bispos publicam nota de repúdio ao despejo de famílias na região de Londrina e pedem revisão de todos os já feitos no Paraná

“Num momento de polarização e intolerância, é preciso que o diálogo até a exaustão, na busca de soluções pacíficas, seja condição irrenunciável", afirma a nota. Os bispos da  Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)  da  Regional Sul 2  - que abrange o  Paraná  - lançaram uma nota de repúdio à reintegração de posse ocorrida nesta terça-feira (30/08) em  Lerroville , área rural de  Londrina , norte do estado do  Paraná . O despejo do  Acampamento Quilombo dos Palmares  foi executado sem qualquer aviso anterior, com forte aparato policial, dezenas de viaturas e homens da  Polícia Militar  e da  Tropa de Choque do Paraná , além de sobrevoos de helicóptero. Sob forte pressão psicológica, os camponeses e camponesas desmancharam suas casas de madeira e reuniram o que construíram desde 2015, quando ocuparam a área. Ficou para trás a maior parte dos alimentos e animais produzidos e criados pelos  agricultores sem-terra . As famílias estão abrigadas no  Centro Comunitário do a

PM cumpre mandado e retira famílias do MST de fazenda de José Janene

A Polícia Militar deflagrou no começo da manhã desta terça-feira (30) a reintegração de posse em uma fazenda ocupada desde 2015 por famílias do MST (Movimento Sem Terra) no distrito de Lerroville, zona rural de Londrina. A área tem 86 alqueires, segundo os ocupantes, e pertence a parentes do ex-deputado federal José Janene, morto em 2010. Segundo uma das coordenadoras do Acampamento “Quilombo de Palmares”, Ângela Pasqual, cerca de 300 famílias ocuparam a propriedade há quatro anos, mas, 159 ainda estavam no local. A Polícia Militar, entretanto, afirmou ao deputado Arilson Chioratto (PT), que esteve na desocupação, que os ocupantes se revezavam no acampamento e, pela manhã, quando chegaram cerca de 90, entre homens, mulheres e crianças, estavam em seus barracos. Ângela e José Damasceno, outro coordenador do MST na região, argumentaram que têm os manifestantes teriam direito ao espaço porque este teria sido adquirido por Janene com verbas públicas oriundas do Mensalão.  Damascen

Indígenas acampados reivindicam renovação de contrato para atendimento médico

Há duas semanas, cerca de 100 indígenas de todo o Paraná ocupam a sede da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai) em Curitiba, motivados por ameaça do governo federal em não renovar o contrato para veículos e motoristas que atendem urgências médicas. A Sesai, atualmente, terceiriza este tipo de serviço.  Além disso, lutam também pela não extinção da SESAI, noticia que chegou a ser anunciada logo no início do novo governo. Com barracas distribuídas pela sede da Secretaria, as lideranças indígenas e suas famílias dizem que só sairão quando alguma resposta concreta vier do governo. A falta dos carros dificultará o atendimento de idosos, crianças e gestantes. O cacique Rivelino, das aldeias do litoral do Paraná, disse que a mobilização se deve à posição do atual Ministro da Saúde que se nega a assinar o convênio para transporte. “Se ele não assinar vai afetar muito as aldeias do sul do Brasil. Estamos pedindo que seja renovado o convênio. Vai afetar muita gente, vai morrer idosos

GOVERNO FEDERAL REVISARÁ LIMITES DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO PARANÁ

Publicado no dia 12 de junho no Estadão, foi divulgada proposta de revisão dos limites de Unidades de Conservação Federais, sendo 5 delas no Paraná. 19 de junho de 2019 Coletivo Enconttra  Governo está propondo a redução dos limites das Unidades de Conservação (UCs) federais, visando eliminar áreas onde há interferência de instrumentos de infraestrutura como rodovias, ferrovias etc. De acordo com o Jornal Estadão, em matéria publicada em 12 de junho, cerca de sessenta UCs são alvo dos Ministérios da Infraestrutura e do Meio Ambiente. No Paraná estão contempladas nesse ataque cinco UCs, todas de Proteção Integral, ou seja, aquelas em que a interferência e presença humana são restritas. As áreas que poderão ser afetadas são, segundo dados do ICMBIO: Parque Nacional do Iguaçu - criado em 1939, com área de 185.262 hectares, abrange os municípios de Céu Azul, Matelândia, Serranópolis do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Foz do Iguaçu, Capanema, Capitão Leônidas