Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2021

Curso de Formação "A questão agrária no Paraná: faces, sujeitos, resistências e representações"

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Observatório da Questão Agrária no Paraná realizarão a partir de outubro de 2021 o Curso de Formação “A questão agrária no Paraná: faces, sujeitos, resistências e representações”. O curso terá como material base o Atlas da Questão Agrária no Paraná: diálogos em construção, além disso, contará com certificação e carga horária de 20 horas, sendo realizado no formato remoto (online síncrono). A imagem da VIII Jornada de Pesquisas da Questão Agrária no Paraná que ocorreu em 2020 foi retirada do Youtube. * Serão 50 vagas ofertadas, desti nadas a professores e professoras das escolas do campo e comunidades; estudantes de graduação em Educação do Campo; professores e professoras das escolas municipais e estaduais em geral; movimentos sociais; e graduados em qualquer área do conhecimento. O período de inscrição será de 22/10/2021 a 26/10/2021 no site do Observatório da Questão Agrária no Paraná via link a ser disponibilizado futuramente.  As o

Assentamento Eli Vive comemora 8 anos na construção da Reforma Agrária Popular

  Foto: Arquivo MST no PR  Setembro marca o início da primavera, aniversário de Paulo Freire… um tempo de “esperançar”! Para as 501 famílias do assentamento Eli Vive, localizado em Londrina, norte do Paraná, setembro marca a partilha de um sonho coletivo, resultado de um processo de luta e resistência. No dia 27 de setembro de 2013 foi realizado o sorteio dos lotes, e os 7.313 hectares das antigas fazendas Guairacá e Pininga foram partilhados em lotes com 8 a 10 hectares.  A área em que antigamente a maior parte havia apenas capim, em 8 anos se transformou no espaço de reprodução da vida, surgindo uma grande biodiversidade de hortaliças, plantas medicinais e ornamentais, café, árvores nativas da região, frutíferas, animais de pequeno porte.  Desde o início da comunidade, as famílias produzem para o auto sustento e para a comercialização. Entre as linhas de produção se destacam: leite, hortaliças, café, frutíferas e grãos, principalmente milho. Parte da produção é agroecológica e alguma

Rede Produtos da Terra completa 5 anos e fortalece prática do consumo consciente em Curitiba

  Produtos da Terra leva cores e sabores da Reforma Agrária ao Centro de Curitiba. Fotos: Isabela Gonçalves    “Essa história começa bem cedinho, antes mesmo de amanhecer. Há quem ainda não imagine como se monta a cesta e a feira que chega até você. Tem terra, água, chão, caminhão e um montão de mãos […]”. Este é um trecho do causo escrito pela militante Adriane Andrade sobre a rede Produtos da Terra , e resume o trabalho coletivo que marca a iniciativa.    Neste mês, a rede comemora 5 anos de aproximação entre consumidores/as de Curitiba (PR) e produtores/as agroecológicos da reforma agrária, agricultores familiares e empreendedores solidários/as.    A “prateleira virtual” do site e as feiras estão recheadas com produtos de todas as regiões do Paraná, e também de cooperativas de outros estados. Entre a diversidade de mais de 200 itens estão alimentos in natura e industrializados como grãos, legumes, verduras, doces, bebidas, panificados e sucos naturais.    Para Ademir Fernandes, int

Cooperativas reclamam das dificuldades na compra da alimentação escolar pelo estado do Paraná

  Reunião foi iniciativa dos deputados estaduais Luciana Rafagnin e Tadeu Veneri, ambos do PT - Foto: Reprodução Nos últimos anos, o governo do Paraná vem reduzindo a aquisição de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar. De acordo com as normas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), pelo menos 30% da merenda escolar comprada com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) deve ser proveniente dos cultivos da agricultura familiar, camponesa e de comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas e faxinalenses. Mas ano a ano uma série de entraves dificultam a execução dessa política. Entre os principais problemas estão a redução dos valores destinados à compra, atrasos na burocracia desses processos, falta de reajuste nos preços pagos, que não acompanham a inflação, aumento nos custos de produção, redução dos produtos, itens e das quantidades adquiridas pelo governo. Na quinta-feira (16), os deputados estaduais Luciana Rafagnin e

“A agricultura familiar do Paraná pede socorro”, alerta deputada

  Na reunião, foi feita a entrega do documento "Pauta emergencial e estruturante das organizações e movimentos sociais populares do campo e da cidade" - Foto: Thea Tavares Representantes de organizações da agricultura familiar estiveram em audiência com o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab-PR), Norberto Ortigara, e com o diretor técnico da Seab-PR, Rubens Ernesto Niederheitmann, nesta terça (21).  Na pauta, os impactos socioeconômicos da crise hídrica no campo e na cidade, o socorro às famílias produtoras de alimentos nas comunidades rurais do estado, que amargam prejuízos em função da estiagem prolongada e da falta de programa e de planejamento estruturante para prevenir e enfrentar o problema e outras dificuldades. A reunião foi acompanhada por deputados do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), liderado pela deputada estadual Luciana Rafagnin (PT). “É preciso socorrer quem planta e produz a comida que

Nhandereko: o modo de vida que deve mudar a Floresta Estadual Metropolitana em Piraquara

  Com a retomada dessas terras, tem-se em vista também a recuperação de saberes ancestrais - Foto: Giorgia Prates Na tarde desta quarta-feira (22), às famílias dos povos Kaingang e Guarani Nhandewa, que estavam acampadas há dois meses na Floresta Estadual de Piraquara (PR), conseguiram a autorização do Estado para permanecer no local. Segundo Eloy Jacintho, liderança indígena no Paraná, a floresta estava abandonada pelo Estado. Ele explica que o projeto de retomada não se limita a ocupar o espaço para a moradia de famílias indígenas: o nhandereko , que é o modo de vida indígena, tem o cuidado com o meio ambiente e, por isso, a revitalização das nascentes e o reflorestamento devem ser empreendidos na Floresta Metropolitana. Segundo Eloy, “a retomada pretende trazer uma finalidade para essa floresta, que é a preservação pelo nhandereko , o modo de vida indígena de preservar, de cuidar, de pensar nas futuras gerações.” Por conta do abandono, a Floresta Estadual de Piraquara hoje é ponto d

Os guardiões da vida, dos biomas e do planeta

  "Os povos originários compõem a formação do povo brasileiro e organizados defendem os interesses do povo", foto - Giorgia Prates   A Amazônia legal é onde se concentra a maior parte dos territórios indígenas, que ocupam cerca de 12% do território brasileiro. A discussão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tese do marco temporal e o projeto de lei 490 demonstram os interesses do agronegócio, que defende e financia o governo Bolsonaro para, em troca, garantir este poder de ataque aos direitos básicos dos povos originários. Povos indígenas organizados e juristas apontam a inconstitucionalidade da tese. Este mês foi marcado pela diversidade dos povos indígenas que estiveram no acampamento Levante pela Vida e na Marcha das Mulheres Indígenas, uma demonstração histórica da resistência secular. Os povos originários compõem a formação do povo brasileiro e organizados defendem os interesses do povo e da natureza. Não somente na Amazônia, mas em todos os estados os povos indíge