Por Carla Loop
Da Página do MST
10 de setembro de 2014
Da Página do MST
10 de setembro de 2014
Nesta terça-feira (09), as 2.500 famílias do Acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio, em Rio Bonito do Iguaçu (PR), puderam comemorar o direito a educação e a escola do campo, com a inauguração da Escola Itinerante no acampamento. Ao todo, cerca de 590 estudantes do acampamento poderão estudar na escola. Serão formadas 14 turmas, divididas entre a Educação Infantil com 280 estudantes; 80 estudantes do Ensino Fundamental; 30 de Ensino Médio; e 200 estudantes de Educação de Jovens e Adultos (alfabetização e EJA II - Ensino Fundamental).
Com exceção das atividades do Ensino Médio que começará em 2015, todas as outras turmas já se iniciam neste ano, que contarão com 28 educadores e mais três pessoas do administrativo. Toda a construção da escola foi realizada por meio do trabalho voluntário dos acampados, inclusive para ela iniciar suas atividades pedagógicas.
A Escola Itinerante é uma escola pública que funciona dentro dos acampamentos organizados pelo MST, voltada à escolarização de crianças, adolescentes, jovens e adultos acampados em todo o país.
Como explica Juliana de Mello, dirigente do setor de educação no acampamento, a escola itinerante forja uma nova pedagogia gestada pelos próprios trabalhadores. Sua principal função é atender as pessoas que estão em processo de luta, e o Movimento tem a tarefa de ajudar a organizar a escola.
“Construir uma escola Itinerante é uma oportunidade de fortalecer a luta do povo, de organizar mais um espaço educativo do Movimento Sem Terra, para que os sujeitos que estão em formação e inseridos no acampamento possam aprender que lutar e construir uma nova sociedade é tarefa de todos, e desde já, exercitarem isso”, acredita Juliana.
Segundo Juliana, um dos princípios básicos do Movimento é o compromisso com a educação escolar, que visa garantir “que os educandos sejam respeitados, sobretudo no acesso ao conhecimento a partir da realidade em que vivem”.
Com explica a educadora, as famílias acampadas não reivindicam apenas o direito à terra, de plantar e colher alimentos saudáveis, mas também de ter acesso a escola, a saúde, a comunicação, cultura e qualidade de vida. “Desde o acampamento as famílias vão experimentando uma nova forma de construir as relações, baseadas na solidariedade, na cooperação, no cuidado com a terra e com a vida”, ressalta.
As milhares de famílias Sem Terra do Acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio reivindicam a Fazenda Rio das Cobras, explorada pela empresa Araupel.
Segundo eles, a área, ocupada desde 17 de julho, foi grilada pela empresa, que atua principalmente na exportação de madeira de floresta nativa e de madeiras plantadas. Por isso, as famílias reivindicam a desapropriação da fazenda de cerca de 35 mil hectares para fins de Reforma Agrária.
O mundo dá voltas
Com exceção das atividades do Ensino Médio que começará em 2015, todas as outras turmas já se iniciam neste ano, que contarão com 28 educadores e mais três pessoas do administrativo. Toda a construção da escola foi realizada por meio do trabalho voluntário dos acampados, inclusive para ela iniciar suas atividades pedagógicas.
A Escola Itinerante é uma escola pública que funciona dentro dos acampamentos organizados pelo MST, voltada à escolarização de crianças, adolescentes, jovens e adultos acampados em todo o país.
Como explica Juliana de Mello, dirigente do setor de educação no acampamento, a escola itinerante forja uma nova pedagogia gestada pelos próprios trabalhadores. Sua principal função é atender as pessoas que estão em processo de luta, e o Movimento tem a tarefa de ajudar a organizar a escola.
“Construir uma escola Itinerante é uma oportunidade de fortalecer a luta do povo, de organizar mais um espaço educativo do Movimento Sem Terra, para que os sujeitos que estão em formação e inseridos no acampamento possam aprender que lutar e construir uma nova sociedade é tarefa de todos, e desde já, exercitarem isso”, acredita Juliana.
Segundo Juliana, um dos princípios básicos do Movimento é o compromisso com a educação escolar, que visa garantir “que os educandos sejam respeitados, sobretudo no acesso ao conhecimento a partir da realidade em que vivem”.
Com explica a educadora, as famílias acampadas não reivindicam apenas o direito à terra, de plantar e colher alimentos saudáveis, mas também de ter acesso a escola, a saúde, a comunicação, cultura e qualidade de vida. “Desde o acampamento as famílias vão experimentando uma nova forma de construir as relações, baseadas na solidariedade, na cooperação, no cuidado com a terra e com a vida”, ressalta.
As milhares de famílias Sem Terra do Acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio reivindicam a Fazenda Rio das Cobras, explorada pela empresa Araupel.
Segundo eles, a área, ocupada desde 17 de julho, foi grilada pela empresa, que atua principalmente na exportação de madeira de floresta nativa e de madeiras plantadas. Por isso, as famílias reivindicam a desapropriação da fazenda de cerca de 35 mil hectares para fins de Reforma Agrária.
O mundo dá voltas
A primeira Escola Itinerante no Paraná foi oficialmente reconhecida em 2003, e aconteceu justamente na segunda ocupação das terras nulas sob domínio da Araupel, em Quedas do Iguaçu.
As duas escolas foram batizadas com os nomes de Chico Mendes e Olga Benário. Na época, mais de 1000 crianças, jovens e adultos foram matriculadas. Atualmente, ambas as escolas se integram a rede estadual de ensino, e se constituiram como Colégios Estaduais do Campo, reconhecidos e mantidos pelo Estado do Paraná.
O Colégio Estadual do Campo Iraci Salete Strozak, no assentamento Marcos Freire, em Rio Bonito do Iguaçu, é a Escola Base das Escolas Itinerantes no Paraná, que funciona como suporte e reconhecimento legal das escolas itinerantes.
Além de viabilizar as matrículas e cuidar da parte documental, a Escola Base garante um projeto político pedagógico vinculado aos princípios do MST, a Pedagogia do Movimento e a construção da Educação do Campo.
Atualmente, o Paraná conta com 12 Escolas Itinerantes em diferentes regiões. O desafio dos Sem Terra é garantir que em todos os acampamentos de trabalhadores rurais exista uma escola itinerante.
As duas escolas foram batizadas com os nomes de Chico Mendes e Olga Benário. Na época, mais de 1000 crianças, jovens e adultos foram matriculadas. Atualmente, ambas as escolas se integram a rede estadual de ensino, e se constituiram como Colégios Estaduais do Campo, reconhecidos e mantidos pelo Estado do Paraná.
O Colégio Estadual do Campo Iraci Salete Strozak, no assentamento Marcos Freire, em Rio Bonito do Iguaçu, é a Escola Base das Escolas Itinerantes no Paraná, que funciona como suporte e reconhecimento legal das escolas itinerantes.
Além de viabilizar as matrículas e cuidar da parte documental, a Escola Base garante um projeto político pedagógico vinculado aos princípios do MST, a Pedagogia do Movimento e a construção da Educação do Campo.
Atualmente, o Paraná conta com 12 Escolas Itinerantes em diferentes regiões. O desafio dos Sem Terra é garantir que em todos os acampamentos de trabalhadores rurais exista uma escola itinerante.
Texto publicado originalmente em 28 de setembro de 2014
(http://questaoagrariapr.webs.com).
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