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A dinâmica das frentes de ocupação territorial na Mesorregião Centro-Ocidental Paranense

* Texto originalmente postado em março de 2014.

Por considerarmos um trabalho relevante para o processo histórico paranaense, destacamos que no mês de dezembro de 2013, foi defendida no Programa de Pós Graduação em Geografia da UEM a tese de doutorado de Edson Noriyuki Yokoo, professor da UNESPAR – Campus de Campo Mourão e membro do Laboratório de Geografia Agrária  - LAGEA – DGE – UEM.

A presente tese doutoral com o título: A dinâmica das frentes de ocupação territorial na Mesorregião Centro-Ocidental Paranaense tem por objetivo compreender a dinâmica da mobilidade espacial das frentes de ocupação territorial nos interflúvios dos vales dos rios Piquiri e Ivaí. Nesse estudo o autor identifica três frentes de ocupação territorial: a) frente de ocupação, que constituiu o Território Tradicional Indígena originado desde os tempos imemoriais e a consequente desterritorialização entre o final do século XIX e meados do século XX; b) após a “limpeza étnica” se inicia o avanço das frentes de expansão formados por caboclos e camponês-posseiros, delimitados no espaço temporal entre 1903 a 1939; e, finalmente o avanço das frentes pioneiras, isto é, de colonização dirigida aos agricultores e colonos, demarcados entre os anos de 1939 a 1960, quando se encerrou o processo de colonização no território paranaense. 

Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizada a literatura geo-histórica sobre o avanço e ocupação territorial e processos de colonização oficial e empresarial; utilizou, também, documentos cartográficos e iconográficos; entrevistas com os atores sociais das comunidades regionais, do Paraná Tradicional, ou sulista; a nortista e os sudoestino, ou gaúcha que apropriaram os territórios nos vales dos rios Piquiri e Ivaí. Nesse sentido, mediante trabalho de campo e reflexões, o autor pode considerar este fato como o primeiro fenômeno de sobreposição das frentes de ocupação territorial no Brasil. O trabalho tem como palavras-chave: Colonização. Posseiros. Território. Obrageros.

Postado pelo grupo de trabalho do Laboratório de Geografia Agrária  - LAGEA – DGE - UEM

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Um esforço coletivo do Observatório da Questão Agrária no Paraná junto a movimentos sociais e povos e comunidades que mostram a diversidade das relações, práticas e dos conflitos pela terra e território paranaenses.   Convidamos a todxs a se apropriar dessa leitura ampla e crítica sobre o campo no estado e esperamos que o Atlas seja objeto de leitura e divulgação, de uso como material didático e de formação, e acima de tudo que possa contribuir ao debate sobre o Paraná que temos e o que queremos.   Logo abaixo você pode clicar na imagem e Baixar o documento para ter acesso ao Atlas e desfrutar da leitura:  

NOTA DE REPÚDIO

A Rede de Pesquisadores sobre a Questão Agrária no Paraná, integrada por pesquisadores de oito universidades públicas do estado, vem a público manifestar preocupação em face do cerceamento do exercício profissional da Geógrafa e pesquisadora Márcia Yukari Mizusaki, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) por meio de ameaças motivadas pelo trabalho realizado junto às comunidades indígenas   do Município de Dourados, no Mato Grosso do Sul. À preocupação com esse que poderia ser um ato isolado, perpetrado por indivíduos que sentem-se à vontade para atentar contra os Direitos Constitucionais da servidora e dos indígenas, soma-se o repúdio à semelhante conduta do Jornal Diário MS, veículo de imprensa investido da tarefa pública de informação graças à concessão de que desfruta. A materia "Índios ampliam invasões de propriedades em Dourados", assinada por Marcos Santos, publicada no dia 22 de agosto último, é um exercício explícito de incitação à intolerância étnica